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Riacho doce

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Riacho doce

José Lins do Rego

Páginas: 16
Editora: Global Editora e Distribuidora Ltda
Edição:

Idioma: Português
ISBN: 9786556121918

Descrição

À época da publicação deste livro em 1939, José Lins do Rego já era conhecido como ficcionista brasileiro que concedera grande realce aos traços regionais de nossa cultura, assim como Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. Em Riacho Doce, o escritor acabaria, de peito aberto, consolidando novos contornos à sua magnífica trajetória literária. O livro inicia-se com as passagens da infância e da adolescência de Edna, na Suécia. Num segundo momento, o qual ocupa a maior parte do romance, Edna muda-se para o Brasil para acompanhar o marido Carlos, que fora transferido para o litoral de Alagoas a fim de trabalhar na exploração de petróleo. No ambiente paradisíaco de Riacho Doce, Edna aproveita os banhos de mar e o encantador cenário repleto de belezas naturais da região. Sua estada no litoral nordestino e sua vida seriam radicalmente transformadas após conhecer Nô, pescador do lugarejo com quem acaba se envolvendo amorosamente de maneira natural e intensa. É importante registrar que este enredo de José Lins de Rego, marcado por uma atmosfera de romance que tem como pano de fundo belíssimas paisagens tropicais, chegou a inspirar em 1990 uma célebre minissérie na Rede Globo. Tendo no elenco nomes de peso como Vera Fischer e Carlos Alberto Riccelli, RiachoDoce gravaria seu lugar na memória audiovisual de milhões de brasileiros. A edição da Global, que tem capa ilustrada por Mauricio Negro, conta um texto de apresentação de Ivan Marques, professor de literatura brasileira da Universidade de São Paulo (USP). Ao fim, a edição traz um texto de Mário de Andrade sobre o livro de José Lins, publicado no ano do lançamento de sua primeira edição.

Sobre o Autor

José Lins do Rego
Quarto ocupante da Cadeira 25, eleito em 15 de setembro de 1955, na sucessão de Ataulfo de Paiva e recebido pelo Acadêmico Austregésilo de Athayde em 15 de dezembro de 1956. José Lins do Rego (José Lins do Rego Cavalcanti) foi romancista e jornalista. Nasceu no Engenho Corredor, Pilar, PB, em 3 de junho de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1957. Filho de João do Rego Cavalcanti e de Amélia Lins Cavalcanti, fez os primeiros estudos no Colégio de Itabaiana, PB, no Instituto N. S. do Carmo e no Colégio Diocesano Pio X de João Pessoa. Depois estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, no Recife. Desde então revelaram-se seus pendores literários. É de 1916, o primeiro contato com O Ateneu, de Raul Pompéia. Em 1918, aos 17 anos, José Lins travou conhecimento com Machado de Assis, através do Dom Casmurro. Desde a infância, já trazia consigo outras raízes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de geração em geração por pessoas ligadas ao mundo rural do Nordeste açucareiro. Passou a colaborar no Jornal do Recife. Em 1922 fundou o semanário Dom Casmurro. Formou-se em 1923 na Faculdade de Direito do Recife. Durante o curso, ampliou seus contatos com o meio literário pernambucano, tornando-se amigo de José Américo de Almeida, Osório Borba, Luís Delgado e Aníbal Fernandes. Sua amizade com Gilberto Freire, na volta em 1923 de uma temporada de estudos universitários nos Estados Unidos, marcou novas influências no espírito de José Lins, através das ideias novas sobre a formação social brasileira. Foi nomeado em 1925 promotor em Manhuçu, MG, lá não se demorando. Casado em 1924 com D. Filomena (Naná) Masa Lins do Rego, transferiu-se em 1926 para a capital de Alagoas, onde passou a exercer as funções de fiscal de bancos até 1930 e fiscal de consumo de 1931 a 1935. Em Maceió, tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas e passou a fazer parte do grupo de Graciliano Ramos, Raquel de Queirós, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti, Aloísio Branco e Carlos Paurílio. Ali publicou o primeiro livro, Menino de engenho (1932), obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. Além das opiniões elogiosas da crítica, sobretudo de João Ribeiro, o livro mereceu o Prêmio da Fundação Graça Aranha. Em 1933, publicou Doidinho, o segundo livro do “Ciclo da cana-de-açúcar”. Em 1935, já nomeado fiscal do imposto de consumo, José Lins do Rego transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a residir. Integrando-se plenamente no ambiente carioca, continuou a fazer jornalismo, colaborando em vários periódicos com crônicas diárias. Revelou-se, então, por essa época, a faceta esportiva de sua personalidade. Sofrendo e vivendo as paixões desencadeadas pelo futebol, o esporte de sua predileção, foi grande torcedor do Flamengo. Exerceu o cargo de secretário-geral da Confederação Brasileira de Desportos de 1942 a 1954. Romancista da decadência dos senhores de engenho, sua obra baseia-se em memórias e reminiscências. Seus romances levantam todo um sistema econômico de origem patriarcal, com o trabalho semiescravo do eito, ao lado de outro aspecto importante da vida nordestina, ou seja, o cangaço e o misticismo. O autor desejaria que a sua obra romanesca fosse dividida: “Ciclo da cana-de-açúcar”: Menino de engenho, Doidinho, Banguê, Fogo morto e Usina; “Ciclo do cangaço, misticismo e seca”: Pedra Bonita e Cangaceiros; “Obras independentes”: a) com ligações nos dois ciclos: O moleque Ricardo, Pureza e Riacho Doce; b) desligadas dos ciclos: Água-mãe e Eurídice. Recebeu o Prêmio da Fundação Graça Aranha, pelo romance Menino de engenho (1932); o Prêmio Felipe d’Oliveira, pelo romance Água-mãe (1941), e o Prêmio Fábio Prado, pelo romance Eurídice (1947).

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