Descrição

Estima-se que aproximadamente 63 milhões de pessoas realizam alguma cirurgia por ano, decorrente de traumas; 31 milhões por malignidade e 10 milhões por complicações obstétricas, num número total estimado em 234 milhões. O paciente exposto à intervenção cirúrgica está sujeito a vários tipos de riscos e complicações, as mais comuns são: infecção de sítio cirúrgico, hipotermia, lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico, dentre outras. Diante disso, temos com objetivo avaliar a adesão da equipe de enfermagem na aplicação do checklist para cirurgia segura. Para isso, construímos uma revisão integrativa da literatura, de caráter descritivo. Foi utilizado as seguintes bases de dados: LILACS, BDENF e SciELO, além de ter sido realizado a busca de artigos publicados no período de 2015 à 2020, escritos em língua portuguesa ou inglesa. Ademais, foi utilizado um formulário baseado no instrumento de coleta de dados validado por Ursi (2005) e a análise de dados foi feita por meio do método de análise do conteúdo de Bardin. Entre os principais achados, destacamos a carência de estudos sobre a temática em questão. Os achados dessa pesquisa permitiram a identificação de entraves quanto a adesão desses checklists por parte da equipe de enfermagem, principalmente o que tange a ineficácia desse instrumento ou pelo preenchimento equivocado ou incompleto por parte dos profissionais de saúde, condição que representa um importante desafio em diversos hospitais do Brasil e do mundo. Ademais, outros achados revelaram que a adesão da equipe de enfermagem ao checklist para cirurgia segura é incipiente, ou seja, é imprescindível o desenvolvimento de estratégias para que haja melhores índices de preenchimentos desses checklists pelos profissionais de saúde, em especial pela equipe de enfermagem. As lacunas, que os resultados deste estudo identificaram, devem ser corrigidas mediante realização de discussões na rotina da equipe multidisciplinar sobre a criação e atualização de protocolos e de cumprimentos de checklists nos centros cirúrgicos, além da participação ativa dos gestores e dos profissionais de enfermagem.