Capa do livro Escravos ou escravizados?: Haiti: uma história de paixão, de luta e de sofrimento

Escravos ou escravizados?: Haiti: uma história de paixão, de luta e de sofrimento

Mario Noel

Editora: Editora Educs - Fundação Universidade Caxias do Sul

ISBN: 9788570618641

Edição/Ano: 1ª (2017)

Idioma: Português

Páginas: 95

Categoria(s): História


Descrição

“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viver como irmãos.”(Nelson Mandela)Colocar-se para ficar mais perto de tudo é caminhar até o horizonte, por isso um passo vale muito e, com certeza, avida oportuniza sempre espaços para quem deseja acertar a caminhada. Não é a história que nos muda; mais, nós mudamos através da história. Lembrando-nos do passado dá vontade de chorar, de ficar triste, de ficar feliz, de rir, de ter orgulho de algumas coisas que aconteceram. A história de fato nos capacita a ter a maturidade necessária para viver um presente formidável, sendo fortes ao longo do caminho até um futuro muito prolongado. “O tempo é uma costureira especializada em reparos. ”Segundo o diplomata e africanista brasileiro Alberto Da Costa e Silva, os descendentes do continente africano devem saber que a história da África é tão bonita quanto a da Grécia ou a de outras civilizações costumeiramente exaltadas. Para valorizar uma cultura, é importante conhecer a sua história; para conhecer a sua história, é preciso um deslocamento, e esse deslocamento é resumido numa palavra, o altruísmo. O altruísmo ou, ainda, ser altruísta é uma capacidade que nos possibilita colocar-nos no lugar dos outros, e colocar-se no lugar dos outros é aprender a sua história enquanto a valoriza. Devemos valorizar a nossa cultura e respeitar todas as outras culturas; para isso, é preciso ter a liberdade e consciência de valorizar a nossa própria origem, isto é, lembrar do passado e22dos nossos antepassados, mostrando os valores do continente africano. Minha terra natal é uma das filhas desse continente, que tem tantas histórias inesquecíveis, o Caribe. Situado no centro do continente americano, é repleto de uma biografia de imigração complexa e diversa. É prazeroso desfrutar da sua natureza, através de uma análise tão distinta, lembrando a nostalgia escondida no lugar mais profundo de nosso coração. Não podemos esquecer também as grandes revoluções que marcaram o século XIX, nos países europeus, especialmente com nosso colonizador, a França, movimentos que influenciaram as lutas em sua colônia, o Haiti. Foi um século de tantas histórias importantes para o progresso da humanidade. Um século em que a humanidade começou a compreender o sentido de ter liberdade, de ser independente. É claro que os conflitos internos, mais especificamente, pela igualdade das classes sociais entre a realeza, a nobreza e a burguesia e, também, pelo fim da monarquia, para se tornar uma República, refletiram-se também em suas colônias. No Haiti, por exemplo, esses conflitos deram acesso à porta da revolução, também por acreditarmos em algo que não podia ser dado, mas conquistado, que era a nossa liberdade. Não podemos viver sem sonhar, já que os sonhos dinamizam a vida. Tentávamos viver lidando com nosso passado, como se fosse um pesadelo no leito de ontem à noite. Nossos antepassados disseram adeus a uma história inesquecível, porque eles achavam que algumas decisões precisavam ser tomadas, mesmo com sacrifícios de sangue. Eles tiveram a paciência e a coragem por vários séculos obscuros da nossa História, porque acreditavam na vida, que é, de fato, um desafio que não conhece intervalos. Com a nossa chegada, acrescentamos ao Brasil uma nova cultura à sua diversidade. É importante que possamos conhecer um ao outro um pouco mais, brasileiros e haitianos; mesmo que não tenhamos o mesmo idioma, é hora de nos23apresentarmos. Os idiomas somos nós, porque todas as aspirações humanas se expressam no idioma. Queremos falar de nós mesmos para que saibam nossas origens, para expressar quem somos realmente com nossa própria cultura, idioma, etnia, música, poesia e religião. Terje Basiler, psiquiatra norueguês, diz que “[...] quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa”. Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa, porque a língua é parte de mim mesmo. É importante ter sempre em mente que o outro tem o direito de ser ele mesmo. Não devemos mudá-lo, devemos auxiliá-lo, ajudá-lo, mas temos de permitir que ele seja quem é. Platão, na sua famosa alegoria do “mito da caverna”, 1nos mostra como sair cada um da sua própria caverna para enxergar a luz da verdade, o que é também o objetivo deste nosso trabalho. Mediante uma pesquisa, tentei eliminar algumas das possíveis dúvidas que podem estar na nossa inconsciência, para ver a luz e a razão de tantas questões e indagações pertinentes sobre uma das trajetórias do povo haitiano.

Imagem de um rapaz de óculos, com um celular com fone de ouvido no pescoço, segurando alguns cadernos

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