Capa do livro Sobrevivendo ao racismo: memórias, cartas e o cotidiano da discriminação no Brasil

Sobrevivendo ao racismo: memórias, cartas e o cotidiano da discriminação no Brasil

Luana Tolentino

Editora: Editora Papirus - M.R. Cornacchia Editora LTDA

ISBN: 978-65-5592-037-6

Edição/Ano: 1ª (2023)

Idioma: Português

Páginas: 176

Categoria(s): Educação, Ciências Sociais


Descrição

Por meio de cartas e crônicas, Luana Tolentino faz um registro, que sente na própria pele, do cotidiano da população negra deste país, muitas vezes marcado pela exclusão, pela negação de direitos e pela violência. Nesse livro, estão presentes memórias da menina Luana, assim como o olhar da educadora e da ativista da luta antirracista que a autora se tornou. Ao longo das páginas, ela descreve cenas de um Brasil que insiste em manter vivo o passado escravocrata nas relações pessoais e no funcionamento das instituições, de maneira destacada, nas escolas. Trata-se de um registro pessoal do passado e do presente, com o objetivo de construir um futuro sem racismo, pautado na justiça e na democracia. "A educadora Luana Tolentino, autora deste 'Sobrevivendo ao racismo', narra sua experiência como mulher negra brasileira. Primeiro como criança periférica, lugar ocupado ostensivamente por pessoas pretas e pardas. Depois como professora e intelectual, dando seu testemunho pessoal de como o racismo pode ser uma máquina de destruir humanos, e com eles suas dignidades e seus sonhos. A partir de suas crônicas de grande fluidez e que falam diretamente a quem lê, a autora nos oferta um relato sensível das histórias de pessoas negras e de como suas vidas são atravessadas todos os dias por um passado que não foi devidamente enfrentado." (Itamar Vieira Junior, autor de 'Torto arado') Este livro aborda os diversos momentos em que Luana Tolentino sofreu racismo e resistiu a ele, em especial, durante a sua trajetória escolar. A autora relata e analisa experiências de sofrimento e de resistência. Uma história que não é só dela. Situações semelhantes são enfrentadas pelas pessoas negras em todo o Brasil e em outros lugares do mundo. Cada página está repleta de um sério alerta sobre os impactos negativos da violência racista na formação humana. Se essa realidade fosse mais bem compreendida pelas/os docentes, certamente, a educação básica e o ensino superior seriam espaços e tempos de práticas pedagógicas mais emancipatórias e de maior justiça cognitiva. O lugar de denúncia ao racismo está presente em cada memória, carta e descrição de cenas do cotidiano da autora. Mas, para cada situação de dor, humilhação e decepção relembrada, há a reflexão de uma mulher negra, intelectual e educadora que resiste e enfrenta. É a força da superação. Luana Tolentino mostra como a superação do racismo é uma ação conjunta. É um movimento que se realiza junto com o/a outro/a, e não individualmente, que pode ser impulsionado pela família negra que valoriza a negritude; por meio da ação de mulheres negras feministas; a partir da contribuição positiva das aulas para o aprendizado de estudantes negros; pelas palavras de incentivo de uma professora ou de um professor ético e responsável; pelo exemplo das histórias de vida de pessoas negras que lutam por um mundo melhor para todos, todas e todes; pelo aprendizado ancestral de que não podemos desistir da luta. Reflito junto com a autora: por tudo o que vivemos, passamos e enfrentamos, nós, negras e negros, temos o direito ao reconhecimento do nosso trabalho intelectual e da nossa luta. Nós merecemos. Nilma Lino Gomes - Professora titular da FAE/UFMG, Professora emérita da UFMG - Março de 2023

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